Finde super culturete: sábado assisti ao espetáculo Clube do Fracasso, da Companhia Rústica, direção da Patrícia Fagundes.
Cara, tem que ver. Tá certo que eu sou tipo uma apologista do erro. Acho que o erro é o que salva. O erro é o que nos humaniza. Mas mesmo quem pensa diferente vai se deparar com um espetáculo envolvente, ágil, surpreendente, com um elenco mega super afiado, gente que canta, toca, dança, com total domínio da cena.
É muito bom. Está na sala Álvaro Moreyra.
Domingo, dois filmes: Lope do Andrucha Waddington, em cartaz num cinema do Bourbon Ipiranga. (detalhe: tinha só duas pessoas, além de mim) Fotografia primorosa, interpretações excelentes. O filme faz um recorte na vida do dramaturgo e poeta espanhol Lope de Vega, mostrando o começo da sua carreira no teatro depois de ter lutado contra os ingleses com a Invencível Armada. O cara, que é tido como o fundador da comédia espanhola, produziu uma obra colossal, com mais de 1500 peças de teatro. Ele é digamos assim, o Shakespeare da Espanha. Aliás, foram contemporâneos. Detalhe: o Andrucha quase comprou uma bronca internacional, porque botou um ator ARGENTINO pra fazer o papel do mito espanhol.
Pra fechar o domingão, corri até o Bourbon Country pra ver Quebrando tabu, uma espécie de Uma verdade inconveniente, do Fernando Henrique Cardoso. Ele percorre vários países, várias cidades, observando como lidam com a questão das drogas. O que está colocado é simples: a guerra declarada por Nixon às drogas, foi uma guerra perdida. A repressão não funciona. Mesmo os Estados Unidos admitem que erraram. O próprio Fernando Henrique Cardoso reconhece que não foi a fundo na questão quando presidente, porque não tinha a consciência nem o conhecimento que tem hoje. Todos os estudos científicos mostram que álcool e cigarro são mais prejudiciais do que a maconha. Logo, qual o sentido dessas duas drogas serem lícitas?
O dependente de drogas deve ser encarado como problema de saúde e não de polícia.
A discussão está acontecendo no mundo todo e vale a pena conferir. Não chega a ser um documentário empolgante. É até meio chato em alguns momentos, mas é necessário. A direção e a idéia original são de Fernando Andrade, o mesmo de Coração Vagabundo, documentário sobre Caetano Veloso. Este sim, super envolvente.
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